Ultímas:

No GRAmado, com Graziella @rubrone_gra



#SomosTodasViúvas

Antes de qualquer coisa, este não é um texto sobre o Elias. Parece, mas não é.

Pois bem. O cara veio jogar no Flamengo depois de uma passagem decepcionante pela Europa. Queria se reerguer, jogar, ganhar títulos, voltar à Seleção. Chegou com vontade, escolheu camisa, jogou bola. Alternou bons e maus momentos, como todo jogador, ainda mais depois do problema de saúde do filho.

Mas como uma recompensa à sua entrega, tudo conspirou a seu favor: o filho se recuperou, a torcida o abraçou, e de gol decisivo em gol decisivo, Elias foi o grande nome do Flamengo em 2013. Defendia, atacava, suava, corria, perseguia incansavelmente o objetivo de voltar a ser o jogador que era antes de sair do Brasil. Voltou. A seleção, por miopia de um treinador ‘mengofóbico’, não veio. Mas veio o carinho de uma Nação. Veio uma Copa do Brasil conquistada na força da torcida. E de gols mágicos. Dele.

Então Elias foi embora. A ‘brilhante e genial estratégia’ de contratação adotada pelo departamento de futebol do Flamengo (“ele briga na justiça e vem de graça”), obviamente, não deu certo. Fim lamentável de uma das mais bonitas histórias que vimos nos últimos anos.


Não, não sou viúva do Elias, não choro mais por ele. Já velei e enterrei o jogador na minha memória rubro-negra. Choro pelo espírito de vitória, de vontade, de conquista, de entrega, de superação que contagiou até o mais inerte dos jogadores do elenco em 2013, e que se foi junto com ele. 

Sim, Elias levou embora o espírito de luta. Os jogadores do Flamengo, agora sem os efeitos hipnóticos da força motriz que ele desencadeou, voltaram ao seu estado normal. Semiaposentados satisfeitos com suas contas bancárias e currículos medianos, jovens medíocres supervalorizados preocupados em virar celebridade, figurantes acomodados e satisfeitos em ganhar mais do que merecem e em dia...

Os poucos que ainda mantem em si a vontade de vencer, de alçar voos maiores, são prontamente sufocados pelo poder dos ‘donos do elenco’ que, entre uma entrevista e outra, entre uma foto em rede social e outra, mantém os ‘rebeldes’ sob a rédea curta do ‘siga o meu exemplo, aqui eu sou o cara’. O resultado deste cenário é que, vexame após vexame, o Flamengo inicia mais um Campeonato Brasileiro como mero figurante.



No elenco, não há quem puxe a fila rumo às vitórias, ao combate. Nem no elenco, muito menos numa diretoria surda e cega (que só não é muda, pois fala até demais!), que é refém e aceita passivamente essa postura dos jogadores. Após os últimos três péssimos resultados em campo, a conta da surdez e da miopia do departamento de futebol do Flamengo parece, enfim, ter chegado. E adivinha quem vai, literalmente, pagar? ‘Alô torcida do Flamengo, aquele abraço...’

0 comentários:

Copyright © 2015/16 Mulambo VIP
Traduzido Por: Mais Templates - Design Favorite Blogger