Entrevista com Rafael Strauch, Vice-Presidente do Flamengo
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Foto: Janir Júnior |
Entrevistamos o Rafael Strauch, Vice-Presidente do Fla-Gávea, membro do SóFLA e grande rubro-negro, que mais uma vez, gentilmente, nos respondeu algumas perguntas.
Confira a entrevista:
1 - Havia a intenção de se criar um Plano Diretor para a Gávea. O projeto foi levado adiante? Em que estágio está?
R: O Plano Diretor consistia em algumas etapas e ficou a cargo do mesmo arquiteto que fez projeto do Pinheiros (SP), uma das mais completas sedes esportivas do país. A primeira dessas etapas, ainda em 2013, foi consultar os sócios sobre quais deveriam ser as prioridades para cuidar na sede. Cerca de mil pessoas responderam as 70 perguntas do questionário - o que nos trouxe uma imagem bastante clara sobre o que precisávamos enfatizar na revitalização. O escritório elaborou uma primeira versão de como ficaria o clube, em meados do ano seguinte. Em função dos valores necessários para cumprir todos os ajustes e detalhamentos que o projeto estabelecia, decidimos por privilegiar a aplicação de recursos em outras áreas que julgávamos mais prioritárias. A expectativa é, quem sabe, podermos retomar essa questão em breve, no próximo triênio onde o Flamengo esteja numa condição financeira mais folgada para investir neste projeto.
2 - Quantos sócios Off Rio exercem atualmente o direito de frequentar a sede do clube? Houve um aumento nesse último ano?
R: Atualmente, são cerca de 1,6 mil sócios Off-Rio ativos e cerca de mil em dia com as suas mensalidades. O aumento mais relevante foi neste mês de julho.
3 - Hoje, quais as maiores reclamações dos sócios em relação a Gávea?
R: A principal demanda é com relação a alimentação. Os sócios pedem mais alternativas de restaurantes na Gávea. Há uma questão contratual em andamento que previa a exclusividade desse serviço a um fornecedor que está há mais de 27 anos na sede e estamos discutindo na justiça essa questão para que possamos melhorar o serviço ao associado.
4 - A Arena McFla tem gerado grande expectativa por parte dos torcedores, que inclusive se manifestaram junto ao IPHAN e outros órgãos para pressionar sua liberação. Qual é a realidade da arena hoje?
R: A CET-Rio pediu alterações no projeto que entende serem importantes para reduzir o impacto no trânsito do entorno. O Flamengo repassou a demanda para os arquitetos contratados pelo Mac Donalds e o documento está em fase final para ser entregue na Prefeitura e segue em permanente contato para conseguir oferecer a Arena aos associados e à cidade. É importante lembrar que o Rio de Janeiro receberá os Jogos Olímpicos no ano que vem e esse espaço poderia servir para abrigar alguma seleção ou até mesmo para amistosos preparatórios para a competição. Além disso, a cidade carece de espaços esportivos de porte pequeno para médio, como é a proposta levada ao Município (são cerca de 3,5 mil lugares) e ela será totalmente financiada pela nossa parceira.
5 - Durante o ultimo estadual o Flamengo entrou em conflito direto com a federação, em um campeonato estadual que se mostrou deficitário economicamente. Desde então houve o racha e discute-se alternativas para 2016; Nesse sentido, e de acordo com tua visão, a Liga Sul Minas é de fato uma opção factível? Não pode se transformar em mais um cabo de guerra “perdido” contra a Federação, em caso de não podermos disputar esse torneio?
R: O modelo atual do futebol carioca é muito nocivo aos principais clubes. Há uma concentração muito grande de poder na mão da federação, sem que ela faça uso de práticas minimamente aceitáveis no que diz respeito a gestão ou transparência. Alguns filiados encontram enorme dificuldade em ter acesso a informações sobre balanços, empréstimos, situação financeira. Esses são apenas alguns exemplos. Desportivamente falando, a questão é ainda mais grave: ela promove um campeonato extremamente deficitário para quase todos os clubes participantes saem no prejuízo. Enquanto isso, ela cobra taxas abusivas de 10% sobre a renda bruta de cada partida, ainda por cima desconta todos os custos com quadro móvel, arbitragem e outras questões por fora disso. Ou seja: ela organiza um campeonato em que todos os riscos e prejuízos são daqueles que permitem que ele aconteça, mas os proveitos ficam todos na mão dela. Isso é justo? Prefiro nem entrar no mérito sobre aspectos nebulosos, como a determinação inconstitucional da "lei da mordaça" ou das arbitragens assustadoras.
Enquanto isso, nossos rivais de outros estados participam de competições lucrativas, com médias de público e renda decentes. Com relação à Sul Minas, vemos como uma oportunidade de ocuparmos o calendário de forma mais racional. No entanto, isso passa por uma discussão com outros entes importantes do futebol brasileiro. Não se trata de bravata, todas as alternativas estão sendo estudadas - até as mais radicais - e serão divulgadas no momento oportuno.
6 - De que forma o Flamengo se preparou para os 6 meses de fechamento do Maracanã? Você entende que esse período pode gerar prejuízo direto ao Sócio Torcedor?
R: As informações de que dispomos apontam para um menor do que esse sem o Maracanã. Ainda assim, é uma preocupação importante porque envolve jogos do Campeonato Brasileiro. O Marketing e outros departamentos estão estudando as melhores alternativas para minimizar perdas com o programa de sócios-torcedores ou arrecadação nos estádios e, certamente, teremos um bom planejamento para enfrentar esse desafio.
7- Outra questão levantada nesta gestão foi a adaptação do estádio da Gávea para receber jogos menores do Flamengo, sendo inclusive chamado pelo próprio presidente EBM de ‘estádio-boutique’. Ainda existe essa possibilidade?
R: Isto é um sonho de todo Rubro-Negro, mas não há muita viabilidade num curto prazo. Há uma série de questões técnicas que estamos enfrentando para aprovar a arena multiuso que nos fazem perceber que a construção de um estádio, mesmo que de pequeno porte, como 20 mil lugares, está um pouco mais distante. Mas, se tivermos uma sinalização positiva das autoridades e com um projeto financeiro bem estruturado, poderemos providenciar a realização desse sonho. Mas, ressalto: é apenas um sonho nesse momento.
8- A Fla Experience foi inaugurada há menos de um ano. Como você avalia a iniciativa até o momento?
R: Eu acho a iniciativa excelente. Temos um ambiente de primeiro mundo, que contou com parceiros para ser viabilizado. Gostaríamos de ampliar a exposição e estamos elaborando um projeto nesse sentido, afinal, temos muita história para contar, mas estamos muito satisfeitos de oferecer esse espaço para os nossos torcedores.
9 - O ‘racha’ na famosa Chapa Azul deu já o ‘start’ na eleição no Flamengo. Sua posição é de apoio ao atual presidente. O que te levou a tomar essa decisão?
R: A minha leitura é de que houve uma dissidência. Saíram três vice-presidentes que se juntaram a um quarto, que tinha saído no início do ano. Nesses dias, o Wallim anunciou a candidatura e vem falando em nome de outras pessoas - o que, inclusive, gerou um certo constrangimento. Eu e o Claudio Pracownik já nos pronunciamos publicamente até porque temos contas em mídias sociais e entendemos que era importante deixar claro algumas coisas. Participamos de três reuniões em que foi referendada a candidatura do presidente Eduardo Bandeira de Mello a reeleição. Os vice-presidentes recém saídos dos seus cargos também pediram e apoiaram a candidatura única do Eduardo à época. Apesar do discurso atual, não está claro o que teria mudado. Agora, ninguém é obrigado a manter a mesma opinião, basta dizer “olha eu mudei de opinião, não quero mais apoiar a candidatura do Eduardo e quero ser presidente ou apoiar outro candidato”. As razões de cada um competem a si mesmo. O que causa estranheza é tentar imputar ao Eduardo e aos demais vice-presidentes a quebra de um acordo que nunca aconteceu.
Equipe Mulambo VIP: Rafael, obrigado pelo tempo e disponibilidade em nos atender.
Saudações Rubro-Negras!!!
R: Isto é um sonho de todo Rubro-Negro, mas não há muita viabilidade num curto prazo. Há uma série de questões técnicas que estamos enfrentando para aprovar a arena multiuso que nos fazem perceber que a construção de um estádio, mesmo que de pequeno porte, como 20 mil lugares, está um pouco mais distante. Mas, se tivermos uma sinalização positiva das autoridades e com um projeto financeiro bem estruturado, poderemos providenciar a realização desse sonho. Mas, ressalto: é apenas um sonho nesse momento.
8- A Fla Experience foi inaugurada há menos de um ano. Como você avalia a iniciativa até o momento?
R: Eu acho a iniciativa excelente. Temos um ambiente de primeiro mundo, que contou com parceiros para ser viabilizado. Gostaríamos de ampliar a exposição e estamos elaborando um projeto nesse sentido, afinal, temos muita história para contar, mas estamos muito satisfeitos de oferecer esse espaço para os nossos torcedores.
9 - O ‘racha’ na famosa Chapa Azul deu já o ‘start’ na eleição no Flamengo. Sua posição é de apoio ao atual presidente. O que te levou a tomar essa decisão?
R: A minha leitura é de que houve uma dissidência. Saíram três vice-presidentes que se juntaram a um quarto, que tinha saído no início do ano. Nesses dias, o Wallim anunciou a candidatura e vem falando em nome de outras pessoas - o que, inclusive, gerou um certo constrangimento. Eu e o Claudio Pracownik já nos pronunciamos publicamente até porque temos contas em mídias sociais e entendemos que era importante deixar claro algumas coisas. Participamos de três reuniões em que foi referendada a candidatura do presidente Eduardo Bandeira de Mello a reeleição. Os vice-presidentes recém saídos dos seus cargos também pediram e apoiaram a candidatura única do Eduardo à época. Apesar do discurso atual, não está claro o que teria mudado. Agora, ninguém é obrigado a manter a mesma opinião, basta dizer “olha eu mudei de opinião, não quero mais apoiar a candidatura do Eduardo e quero ser presidente ou apoiar outro candidato”. As razões de cada um competem a si mesmo. O que causa estranheza é tentar imputar ao Eduardo e aos demais vice-presidentes a quebra de um acordo que nunca aconteceu.
Equipe Mulambo VIP: Rafael, obrigado pelo tempo e disponibilidade em nos atender.
Saudações Rubro-Negras!!!
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