Eu acreditava em super-heróis.
Como cobrar uma derrota de quem ganhou tudo? Como exigir que uma torcida que se acostumou a ganhar tudo aceite perder?
Ontem eu perdi algumas horas de sono pensando naqueles dois últimos lances livres perdidos pelo Marcelinho, mas como eu vou cobrar o Marcelinho um dos maiores campeões da história do basquete rubro negro? Pensei também no passe do Nico naqueles malditos 3,2 segundos, como reclamar algo do Nico o MVP do Mundial 2014?
Cada um daqueles caras que com muita honra vestem o nosso manto é responsável direto por um grande momento esportivo protagonizado por esse time que nós acostumou tanto a vencer, vencer e vencer nós últimos anos, ninguém no mundo ganhou mais do que a gente desde 2013.
Ontem quando aquela bola do Herrmann não caiu, quando por alguns segundos rubro negros no Maracanãzinho e no Brasil inteiro pediam uma falta, que não existiu, o FLABasquete não teve apenas o sonho do Bi acabado, naqueles segundos que atônita eu olhava pra TV, eu vi meus super-heróis virarem humanos, descobrimos o amargo sabor de não sermos invencíveis, e doeu, doeu muito, me senti como a criança que descobre que o Papai Noel não existe, só me restou chorar, chorar muito.
A pancada foi forte, pra eles e para nós, mas é nas derrotas que se molda o caráter e que se faz campeões, que saibamos nós reerguer, a temporada ainda não acabou, o NBB está ai, e só depende de nós transforma a dor em motivação, o choro em alegria.
Eu continuo a confiar, e muito, nesse time, hoje eles não são mais tão super assim, porém continuam sendo os meus Heróis.
Obrigada por todas as alegrias e pelo choro de ontem a noite FLABasquete.
Por @ThairineCRF!
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