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"Fala Mulambo": A PRINCIPAL MUDANÇA DO ST DO FLAMENGO

Fala, Nação! O primeiro "Fala Mulambo" de 2015 é com o Daniel Beltran, um dos colaboradores do Desafio da Nação. Está imperdível! 
Para explodir em adesões, a principal mudança pela qual o Sócio Torcedor do Flamengo precisa passar é na sua postura. É bem verdade que a comunicação sobre os benefícios e vantagens de ser Sócio Torcedor tem muitas falhas. O Flamengo não tem conseguido fazer chegar aos seus multiplicadores conteúdo suficiente para defender mais adesões ao programa. Alguns outros pontos são importantes e poderiam ajudar no aumento das adesões, mas o que pretendo defender nos parágrafos abaixo é que a mudança fundamental que precisa ocorrer é a postura do Flamenguista, que parece torcer para que o Nação Rubro Negra não dê certo.
Algumas pessoas dizem “o que custa dar uma camisa oficial”? Bem, uma camisa oficial vale R$ 200,00. Mesmo considerando um custo para o Flamengo, que estimo em 50% disso, se o programa desse uma camisa a cada um dos atuais 53 mil sócios, teria um custo de 5 milhões de reais, ou 1/3 do que precisamos pagar a Doyen Group pelo Marcelo Cirino, ou equivalente a 1 mês de folha. Ou ainda pior, 20% de toda receita líquida que o clube tem com o programa.
Não se pode conceber um programa, cujo objetivo é reforçar o caixa do setor de futebol do clube, em que o principal atrativo seja devolver ao contribuinte o valor investido. Não faz sentido. E é fundamental que o torcedor entenda isso e pare de achar que pode exercer algum tipo de chantagem com o programa ao exigir, por dar ao clube R$29,90 por mês, recompensa superior a isso.
É verdade que algumas ideias podem ajudar o programa a deslanchar, como, por exemplo, a possibilidade de um plano trimestral. Muitos se queixam e acreditam ser um erro não haver plano mensal. Vamos aos fatos. Numa realidade de um plano mensal teríamos uma debandada geral nos meses de dezembro e janeiro. Haveria uma instabilidade muito grande e a perda de um ativo importante, que é a previsibilidade de receitas, que permitiram, por exemplo, que o Flamengo se comprometesse financeiramente com a Doyen Group, assumindo uma dívida para ser paga pelo Marcelo Cirino em 3 anos. Sem a previsibilidade das receitas semestrais e anuais, a diretoria não teria segurança e garantias financeiras para tal compromisso. Mas acredito que um plano trimestral ajudaria muito, especialmente quem paga via boleto bancário, sem comprometer significativamente, a previsibilidade financeira.
Outro ponto alvo de queixa é o valor dos planos. O mais barato custa R$ 29,90 e o valor é considerado um absurdo se comparado a planos de Corinthians ou Palmeiras. Agora vamos à efetividade dos programas medindo-os pelo resultado alcançado. Em 2014 o ST do Flamengo, com pouco mais de 50 mil sócios, faturou pouco mais do que 30 milhões. O Corinthians, com pouco menos de 70 mil, arrecadou 5 milhões e Palmeiras, com 65 mil sócios, arrecadou 12 milhões. Então, mais uma vez a questão está na postura do torcedor querer enxergar o copo meio cheio ou meio vazio. Precisamos entender que de nada adianta ter mais sócios, se isso levar a receita menor, pois o objetivo do programa é receita financeira. Não é uma gincana de angariar sócios a qualquer custo.
Agora vamos a reclamação mais recente, relacionada com as queixas dos rubro-negros que residem fora do Rio de Janeiro. Coincidentemente esta reclamação cresceu quando determinado jornalista da ESPN, torcedor de um time paulista, resolveu fazer eco e dar destaque ao tema. Dizem os torcedores de fora do Rio, que o projeto não lhes é atraente. Que o programa seria ótimo pra quem mora no Rio, mas péssimo pra quem mora fora. Chegam a defender a matemática de que, sem os torcedores de fora do Rio somente seria possível chegar aos 80 mil sócios, e que para superar isso, “trazer o sócio de fora do Rio é fundamental”. Como chegaram a esta conta mágica, ninguém sabe, mas é algo sem o menor sentido, até porque muitos dos atuais 53 mil sócios já são de fora do Rio.
O primeiro argumento é que as lojas oficiais têm pouca presença fora do Rio e que por isso o benefício dos descontos não teria como ser aproveitado. Quanto à presença das lojas oficiais, é verdade. Apesar da expansão de 27% no numero de lojas em 2014, ainda vai levar tempo para cobrir nosso extenso território. Porém, o programa tem parceiros com lojas virtuais, que atendem a todo Brasil, que oferecem o mesmo e até maiores descontos, como é o caso da https://www.netshoes.com.br e da http://www.sofutebolbrasil.com. Assim, não é esse o ponto decisivo para a não adesão dos OFF-Rio.
Outro ponto destacado são os descontos de supermercado, do MOVIMENTO POR UM FUTEBOL MELHOR (http://www.futebolmelhor.com.br), benefício concedido pelo projeto da AMBEV, que direcionou verba de publicidade para subsídio de descontos em mais de 600 produtos e serviços. Segundo a AMBEV já são mais de 1000 estabelecimentos comerciais espalhados pelo Brasil, que oferecem os descontos do programa. Portanto, se por um lado não se pode garantir presença em todas as cidades do Brasil, por outro não podemos creditar a uma suposta falta de capilaridade, a decisão de não virar ST. Lembrando que mesmo considerando apenas o movimento da AMBEV, na maioria dos casos, os descontos superam o valor de 29,90 mensais, o que faria o Sócio Torcedor do Flamengo ter lucro, ao virar sócio.
Outra demanda dos moradores de fora do Rio é que deveria haver um prêmio para trazer o morador de fora, com direito à passagem, hospedagem, ingresso etc, para ele assistir a um jogo no Maracanã. Muito bonito e tentador, mas imaginemos um custo médio de 5 mil reais para esta brincadeira, para estimados 10 mil atuais sócios de fora do Rio. Seriam novamente, mais 5 milhões. Obviamente inviável.
Não há dúvidas de que os benefícios relacionados à prioridade, facilidade e descontos para ingressos são mais utilizados por quem mora no Rio, por razões óbvias. Por isso, existe o Plano Tradição, de custo menor, mas que também dá menor descontos em ingressos. Esta é uma boa opção pro sócio OFF-Rio, pois os descontos disponíveis fora do Rio, nas lojas virtuais e mercados não é menor.
O mesmo acontece com as promoções Match Day, Pequeno Rubro-Negro e Oficinas de Craques. Obviamente são mais usados pelos moradores do Rio, pois o Flamengo joga mais em casa do que nos demais estados, mas os benefícios não se resumem a isso.
Além disso, em momentos decisivos como a final da Copa do Brasil, a barreira geográfica não impediu rubro-negros de todo o Brasil de vivenciarem nosso tricampeonato. E se não fosse pelo ST, muitos não poderiam vir, pois não conseguiriam ingressos a não ser na mão de cambistas.
Em resumo, assim como todo projeto, sempre há algo a melhorar, mas estas melhorias passam por criatividade nas promoções, sinergia nas relações entre clube e torcedor, e melhoria na comunicação com o sócio torcedor, como, por exemplo, a criação de um aplicativo pra celular, via login e senha do Nação Rubro Negra, com acesso a conteúdo exclusivo e funcionalidades como inscrição em promoções e compra de ingressos.
Mas fundamentalmente, o que precisamos mudar é a nossa postura enquanto torcedor, que além de torcer nas arquibancadas, precisamos começar a torcer para que os projetos deem certo, e abraçar verdadeiramente a ideia, sem foco no toma lá dá cá que tanto criticamos na política.
Se resolvermos usar a força de nossa torcida a favor do Flamengo e não para alimentar dúvidas, incertezas e críticas, muitas vezes plantadas por jornalistas torcedores de rivais, o céu será o limite e chegaremos facilmente a 200 mil sócios e a tão sonhada independência financeira para montar nosso time dos sonhos.
Segundo Jean-Gabriel de Tarde, a chave está no contágio por imitação, que segundo ele precisa de pelo menos quatro elementos básicos: pessoas, contexto, uma ideia ou sentimento contagiante que hoje se diz viral ou de contato. Para o processo ter início, é preciso que um grupo de pessoas seja o portador latente desse sentimento ou dessa ideia viral. Na medida em que haja coincidência, ele afirma a informação como opinião e a repassa. Esse processo ocorre em pontos infinitos, que vão formando fluxos de opinião. Alguns fluxos fracos morrem. Outros fluxos se ampliam e vão avançando com diversas intensidades. Para Tarde, há três tipos de indivíduos: os “loucos”, que iniciam fluxos de opinião; os tímidos ou imitadores, que são repassadores dos fluxos, e os descrentes que interrompem os fluxos recebidos.
Hoje temos, infelizmente, mais descrentes procurando defeitos e desqualificando o programa de Sócio Torcedor, do que “loucos” e tímidos/imitadores dedicados a difundir as qualidades da experiência de ser Sócio Torcedor. Muitas das vezes, os críticos falam de maneira hipócrita, porque sequer viveram a experiência, mas se colocam como qualificados a opinar a respeito, sempre negativamente. É o famoso “não vi e não gostei”.
É da natureza humana. Uma pessoa quando fala mal de outra fica com a falsa sensação de que é melhor. Assiste-se a um momento temporário de superioridade. É uma necessidade dessa pessoa se elevar através do rebaixamento dos outros. As principais causas são a raiva, a inveja, o ciúme, a insegurança, o sentir-se incomodado com as qualidades da pessoa de quem se fala mal, o sentir-se ameaçado afetivamente. O hábito de falar mal dos outros está presente em todas as áreas da sociedade e presente no nosso dia a dia. É infinitamente enorme o número de pessoas que gostam de falar mal e que normalmente temperam as suas “histórias” com pitadas de veneno. Sem pensar duas vezes, a moral dos outros é colocada em questão, pela maldade dessas pessoas de plantão, que se julgam juízes. Em 90% dos casos, as pessoas que falam mal das coisas, são absolutamente infelizes. Não é torcida arco-íris?
Devemos lembrar também, que todo e qualquer acontecimento, tem no mínimo duas versões e não devemos jamais, deixar passar a oportunidade de ficarmos calados quando não sabemos realmente nada sobre os fatos ocorridos. Assim, além de sermos sensatos, evitamos a injustiça.
E então, vai deixar o Flamengo na mão, se juntando aos que fazem de tudo pra jogar o Mais Querido do Brasil pra baixo, ou vai se juntar aos loucos, tímidos e repetidores e carregar nas costas o que virá a ser o maior programa de sócio torcedor do mundo?

O Flamengo precisa de você. Não decepcione!

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