Ultímas:

No GRAmado, com Graziella @rubrone_gra



Graziella, a @rubrone_gra, é fanática pelo Mengão desde os 9 anos de idade. Publicitária de formação e corneteira por opção, escreve semanalmente no MulamboVip, sempre às quintas-feiras, na coluna ‘No GRAmado’.







Mulher entende de futebol?

Depois de uma negociação quase tão conturbada quanto a do Elias (mas com final feliz), acabei me rendendo: resolvi assumir uma coluna semanal no MulamboVip. Depois da minha ‘estreia’ no ‘Fala, Mulambo’, achei que era hora de estender a cornetagem além das fronteiras do Twitter e de comentários esporádicos em alguns blogs. Que São Judas Tadeu esteja conosco!

Pra começar, o @DiegoInsano10 (‘the boss’), sugeriu que eu falasse sobre o ‘tabu da mulher no futebol’. Não deixem ele saber, mas o tema já me incomodou. Tem isso ainda? Mulher não pode falar/jogar/respirar futebol? Em pleno século 21? Mas o espanto passou logo, assim que surgiu a polêmica da tal banana que jogaram para o Daniel Alves. Sim, ‘tem isso ainda’ e muito mais!

Aí é que a gente percebe que o machismo é só mais uma das questões absurdas que rondam o mundo do futebol: racismo, homofobia, xenofobia... a lista é extensa. Defendo a ideia que futebol não é só um jogo, é a metáfora perfeita da vida – do gramado, saem exemplos de vitórias, derrotas, heróis, vilões. Tudo pode ser aplicado ao nosso cotidiano, às nossas vivências. O que acontece no futebol, acontece na vida. Sempre.

Perdi as contas de quantas vezes ouvi a mesma ladainha: ‘Mas você entende mesmo?’, ‘Sabe o que é impedimento?’, ‘Ah, entende mesmo... que sorte a minha!’, ‘É, entende... deve ter alguma coisa errada com você’. Discutir futebol, pura e simplesmente, nem sempre é uma tarefa agradável para as mulheres, meus amigos. As piadinhas e os questionamentos maldosos estão sempre ali. Como na vida.

Mas nenhuma mulher garantiu o direito ao voto, por exemplo, sem luta, de graça. Da mesma forma que nenhum negro garantiu seus direitos sem passar por humilhações e privações. Por isso, ignorar o assunto ou torná-lo menor, nunca foi solução. Ignorar é desrespeitar a luta de quem brigou por um futuro melhor, que só vai chegar quando leis forem cumpridas e responsáveis, punidos.

Prometo que falo mais de futebol e de Flamengo nas próximas vezes. Mas não daria pra começar a coluna da ‘mulher do blog’ ignorando essas questões. Espero realmente que a ‘opinião feminina’ seja vista como simplesmente, opinião. E que possamos respeitar as diferenças de cor, de raça, de sexo, de time. No futebol e na vida.

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